In C ou Minimalismo versus Maximalismo

In C – Composta em 1964 por Terry Riley que juntamente com Steve Reich, Philip Glass e La Monte Young consti- tuem a geração pioneira do minimalismo. In C é conside- rada a peça fundadora do movimento nos Estados Unidos. Trata-se de uma obra aberta, destinada a qualquer conjunto instrumental, cuja escrita não ultrapassa uma simples página formada por 53 pequenas células, não obstante a sua duração poder estender-se de 20 minutos até várias horas. Os intérpretes são convidados a comporem, eles próprios, uma rede poli-rítmica em constante transformação, me- diante as recombinações sucessivas das diferentes células de origem. Por vezes suave e contemplativa, outras vezes com um forte pulsar, a obra permite a experimentação das mais surpreendentes combinações tímbricas, bem como, pela sua imprevisibilidade intrínseca, constitui um desa o à cooperação com músicos ou agrupações musicais locais a zona do festival ou teatro.
Minimalismo versus Maximalismo – Em contraponto, surge em nais dos anos 70, na Europa, mais precisamente na Bélgica, um movimento de reacção ao minimalismo norte- americano. Pela mão do compositor Thierry de Mey, a obra epígona do Maximalismo europeu é Palilaie, também ela em forma aberta e livre, cuja apresentação aqui se propõe, na opção dois para este concerto. Minimalismo versus Maximalismo que vai sintetiza em palco a disputa criativa entre aqueles dois movimentos de cada um dos lados do Atlântico.
Open Scores – Se abordamos In C trespassando as premissas da partitura musical a Dança estaremos criando uma arquitectura sonora coreográfica única e irrepetível, tanto para os olhos como para os ouvidos. A obra permite a experimentação das mais surpreendentes combinações tímbricas e coreográficas e pela sua imprevisibilidade intrínseca, constitui um desafio à cooperação e improviso.