Para além das suas fronteiras políticas internas, o excepcional entreposto cultural ibérico representa-se em duas grandes vertentes. A interna, na diversidade das suas línguas, tradições e costumes. E a exterior, produto desta encruzilhada entre norte e sul (Europa-África), Novo e Velho mundo (América-Europa), que estabelece a Península como ponto de encontro e, ao mesmo tempo, ponte de passagem multicultural no coração do mundo. A arte alimenta-se de todos estes pontos de convergência e diversidade, congrega a forte atracção pelas tendências centro-europeias, ao mesmo tempo que escapa a qualquer ortodoxia, tomando rumos próprios e diversos. Estes três programas retratam a riqueza desta diversidade e singularidade, que pautam a criação musical contemporânea de Portugal e Espanha.