AguAr-te, Festival Internacional de Música de Marvão, Pátio Castelo de Marvão

Deep Water Music, António Chagas Rosa, 2022

Aguas da Amazonia: Japura River, Philip Glass, 1993/99

Aguas da Amazonia: Xingu River , Philip Glass, 1993/99

Water, Wine, Brandy, Brine, Viet Cuong, 2015

Sea Miniature, Fernando Villanueva , 2016

Aguas da Amazonia: Madeira River , Philip Glass, 1993/99

Aguas da Amazonia: Amazon River , Philip Glass, 1993/99

Direção Artística e Percussão: Miquel Benat

Percussão: João Miguel Braga Simões, Vítor Castro, André Dias, Miquel Bernat

Produção: Festival Internacional de Música de de Marvão

Notas

Fundado em 1999 por Miguel Bernat, o grupo Drumming GP celebra este ano o seu 25º aniversário. Ao longo deste período, o grupo e os seus membros têm comissionado muitas obras novas, conquistado prémios em competições e gravações, além de terem viajado por inúmeros países para atuar e promover a compreensão da diversidade da percussão e da sua música. Durante esta jornada, aventuraram-se em diversos campos interdisciplinares.

AguAr-te, o programa que o grupo apresentará no Festival Internacional de Música de Marvão (FIMM), tem como tema central a Água e foi concebido no ano passado pelo Drumming GP em colaboração com a Leiria Creative City of Music, como parte do Dia Mundial dos Oceanos das Nações Unidas. Conforme Bernat explicou ao Jornal de Leiria: “Havia uma teoria de que cada tipo de líquido dava uma densidade ao som, mas é uma diferença microscópica e impossível de ouvir para o ouvido destreinado.”

AguAr-te é um concerto que explora o som da água através da percussão. Na música, o elemento água dá “um brilho especial” à interpretação e cria “uma atmosfera muito específica” durante o espetáculo. A água é o elemento básico que convida o público a uma jornada sonora através do trabalho de diferentes compositores. As composições estruturais do concerto são três peças de Águas da Amazónia, do compositor americano Philip Glass. Originalmente compostas para uma companhia de ballet de Belo Horizonte, no Brasil, Águas da Amazónia mostra influências da música clássica, bem como do jazz e da new age. O concerto apresenta as partes Japura, Xingu e Madeira, três dos principais afluentes do Rio Amazonas.

Entre essas peças, haverá composições de três outros compositores:

• Water, Wine, Brandy, Brine do compositor americano-vietnamita Viet Cuong. Nesta obra, Cuong usa quinze copos de cristal afinados para formar uma escala de diferentes notas, criando uma obra fascinante, uma paisagem sonora que se situa entre a música percussiva e a melódica.
• Uma composição de António Chagas Rosa, encomendada pelo Drumming GP em 2002.
• Sea Miniature do compositor espanhol Fernando Villanueva, que tem um interesse específico em música eletrónica. A sua obra, Sea Miniature, é a peça mais distinta neste concerto. Oferece uma experiência sonora completamente diferente, funcionando como um “limpador de palato” para os ouvidos.

Este concerto não só destaca a versatilidade e a criatividade do Drumming GP, mas também leva o público a uma exploração auditiva única, mostrando como a percussão pode ser utilizada para evocar a essência e a beleza da água nas suas múltiplas formas.