Drumming & Matchume Zango, Polo Vallejo, George Van Dame e Jean-Luc Fafchamps

Orquestra de Timbilas

[PT-Original] A timbila é o nome genérico atribuído a um ensemble específico de instrumentos musicais, da família do xilofone, executado e construído pela etnia Chope do sul de Moçambique. Os primeiros relatos conhecidos acerca deste povo e da sua música datam do século XVI, por meio de cartas enviadas pelo missionário católico português, Padre André Fernandes, a seus colegas na Índia e em Portugal. Nestas cartas faz referência à mestria e sensibilidade particular deste povo, assim como às suas exuberantes e complexas performances compostas por música, dança e poesia. Já no século XX, os etnomusicólogos Hugh Tracey, seu filho Andrew Tracey e Margot Dias, observaram, gravaram e analisaram as tradições musicais dos Chope e os seus instrumentos. Destes trabalhos de campo, realizados entre os anos 40 e os 70, resultaram algumas publicações bibliográficas e discográficas que ainda hoje são as fontes mais importantes sobre as tradições artísticas deste povo. O reconhecimento internacional da Timbila surge em 2005, quando a proposta de candidatura a Património Oral e Imaterial da Humanidade pela UNESCO é aprovada.

Desde o trabalho realizado por Hugh Tracey nos anos 40 do século XX, Moçambique tem sofrido com a devastação provocada por sucessivas guerras. Primeiro um difícil processo de descolonização, a que se sucedeu uma guerra civil que acabou por arrasar com tudo o que poderia existir, sobretudo ao nível social e cultural. As práticas musicais associadas à timbila como muitas outras tradições culturais foram afectadas de uma forma muito negativa por este longo período de guerras. Hoje em dia estas práticas já são raras e a maior parte dos jovens em Moçambique estão completamente afastados e desinteressados destas tradições culturais, correndo-se o sério risco de extinção. No caso específico da timbila, para além do número de intérpretes estar a diminuir e poucos jovens estarem interessados nestas práticas, os construtores dos instrumentos também são cada vez menos, e como há uma grande falta de aprendizes daqui a umas décadas pode já não haver ninguém que saiba os segredos da sua manufactura.

Músicas de Moçambique

[PT-Original] Mostra sonora do rico e surpreendente mosaico de músicas e instrumentos deste país numa fusão entre o Drumming GP com músico/s moçambicanos, neste caso com Matchume Zango ou os Timbila Muzimba. Eles contam-nos dos instrumentos; Xitende, Xigovila, Mtchinga, Dje, Mbila, Mbira

Orquestra de Timbilas

[ES] La timbila es el nombre genérico atribuido a un ensemble especifico de instrumentos musicales de la familia de xilofonos, ejecutado y construido por la etnia Chope del sur de Mozambique. Los primeros relatos conocidos acerca de este pueblo y de su musica datan del siglo XVI, por medio de cartas enviadas por el misionero cat.lico portugu.s Padre André Fernandes a sus colegas en la India y en Portugal. En estas cartas se hace referencia a la maestra y sensibilidad particular de este pueblo, así como sus exuberantes y complejas performances compuestas por música, danza y poesia. Ya en el siglo XX, los etnomusicólogos Hugh Tracey, su hijo Andrew Tracey y Margot Dias observaron, grabaron y analizaron las tradiciones musicales de los Chope y sus instrumentos. De estos trabajos de campo, realizados entre los años 40 y los 70, resultaron algunas publicaciones bibliográficas y discográficas que aún hoy son las fuentes más importantes sobre las tradiciones artísticas de este pueblo. El reconocimiento internacional de la Timbila surge en el año 2005, cuando la propuesta de la candidatura al Patrimonio Oral e Inmaterial de la Humanidad por la UNESCO es aprobada.

Desde el trabajo realizado por Hugh Tracey en los años 40 del siglo XX, Mozambique ha sufrido con la destrucci.n provocada por las sucesivas guerras. A un difícil proceso de descolonización le siguió una guerra civil que acabó por arrasar con todo lo que podía existir, sobre todo a nivel social y cultural. Las prácticas musicales asociadas a la timbila, como muchas otras tradiciones culturales, fueron afectadas de una forma muy negativa por este largo periodo de conflicto. Hoy en día, estas prácticas son raras y la mayoría de los jóvenes en Mozambique están completamente alejados y desinteresados por estas tradiciones culturales, corriendo el riesgo de su extinción. En el caso específico de la timbila, además de que el número de intérpretes está disminuyendo y pocos jóvenes se interesan por estas prácticas, los constructores de los instrumentos son también cada vez  mas escasos. Como hay una gran falta de aprendices, de aquí a unas décadas puede ya no existir nadie que sepa los secretos de su manufactura.

Músicas de Mozambique

[ES] Muestra sonora del rico y sorprendente mosaico de músicas e instrumentos de este país en una fusión entre Drumming GP y músico/s mozambiqueños, en este caso con Matchume Zango o la Timbila Muzimba. Nos hablan de los instrumentos; Xitende, Xigovila, Mtchinga, Dje, Mbila, Mbira

Programa

Opção 1 ” Orquestra de Timbilas

Sicosana, Matchume Zango (timbila e voz)

Nova Peça,  Ricardo Climent, 2010

Palindrumming, Polo Vallejo, 2009

Concerto para Violino e Orquestra de timbilas, George Van Dam, 2008 (George Van Dam solista)

Wooden Thought para orquestra de Timbilas, Jean Luc Fafchamps, 2010

Música tradicional Chope    

Intérpretes: 6 músicos.

Duração:  minutos

Opção 2 ” Músicas de Moçambique

Música Tradicional Chope para timbila 

Música tradicional de chitende

Música tradicional de mbira e Nsansy

Músicas para Xigovila, Nyanga e outras flautas.

Músicas para Batuques e outros tambores.

Este programa é feito com a participação especial de Matchume Zango ou em colaboração com o grupo mozambicano Timbila Muzimba.

Intérpretes: 6 músicos.

Duração:  minutos

Créditos

Autor: Matchume Zango, Polo Vallejo, George Van Dam e Jean Luc Fafchamps

Direção artística: Miquel Bernat

Drumming:

Som: Suse Ribero

Luz: Emmanuel Pereira

Discografia e Autor

Multimédia

Foto

Vídeo

Links

game-audio.org: African Timbila

acusmatica.org: Timbila Project

2012/06/18 – 2012/06/21, , Gravações audiovisuais da Obra “Concerto para Timbilas e Violino” de George Van Dam, Auditório de Espinho Espinho (PT)

2008/03/7, Conferência “As Timbilas Moçambicanas”, por Pedro Oliveira e Matchume Zango, Auditório de Espinho Espinho (PT)

2008/03/7, Concerto “Drumming e as Timbilas Moçambicanas”, com estreia da obra “Concierto para violino y timbilas de George Van Dame, Auditório de Espinho Espinho (PT)

2008/07/14, VIII Festival Internacional de Musica de Tarragona, “Timbilas Moçambicanas”, com estreia mundial da obra “Palíndromo”, de Pólo Vallejo, Tarragona, (ES)

2008/07/13 , Concerto Festival de Música de Caldas da Rainha, “Drumming e as Timbilas Moçambicanas”, Caldas da Rainha (PT)

2008/09/13, Concerto Expo 2008, “Estou-me a Marimbar” ou “Timbilas”, Zaragoza (ESP)

2007/06/20 – 2007/06/30, Projecto dirigido a escolas e conservatórios de música “Masterclasse de Timbilas Moçambicanas” com Matchume Zango (PT)

2007/02/04 – 2007/02/23, Projecto dirigido a escolas e conservatórios de música “Masterclasse de Timbilas Moçambicanas” com Matchume Zango (PT)

2006/09/26 – 2006/09/30, “Workshop de Timbilas Moçambicanas” com Matchume Zango, ESMAE, Porto (PT)

Imprensa

Instrumentos

Xitende (etnias chopis e etnias xaganas), quando antigamente um homem completava 25 anos sem mulher tocava o xitende para consolar-se e assim fazia composições.

Xigovila, é um instrumento feito de uma fruta que se chama nditamba (massala) com três furos um no meio e dois nos lados. Os pastores quando pastam o gado usam o xigovila para afugentarem os animais com o som.

Mtchinga, é instrumento com o formato do batuque usa-se não só para anunciar infelicidades na aldeia, mas também os grandes encontros dos líderes ou regulos com a comunidade local. Também para as cerimónias familiares como é o caso de recordar o parente da família que faleceu há muito tempo, através do ritmo anima os que choram. Também é utilizado para acompanhar os bailarinos em várias danças.

Djele. Sterio das timbilas para dar o compasso da música. Os curandeiros usam-no, também, como o sterio da música que chama os espíritos e para afugentar os pássaros.

Mbila (timbila) – No início surgiu duma tecla que se atirou para afugentar os macacos nas machambas. Era uma madeira queimada que se chama Mwedje e tinha um bom som, depois mais tarde veio a timbila. Assim, muitos distritos de Inhambene, Gaza foram habitados pelo povo chope e a timbila era o instrumento tocando em orquestra  Mgodo nas missas e para receber os Lideres ou Presidentes que vinham visitar Moçambique. Também era música de intervenção política sobre os problemas do povo num certo momento em que ocorria a situação.

Mbira, existem vários tipos: é o caso de Sanzi e chisumzi…

Dossier e Riders Técnicos

Dossier

Som

Luz