Drumming & Anthony Pateras
A mudança climática está acelerando a maneira como o som viaja debaixo d’água; quanto mais quente mais rápidas viajam as ondas sonoras. Os animais marinhos se comunicam por meio do som. Mudanças neste meio afeta sua capacidade de se alimentar, lutar, migrar… os ecossistemas subaquáticos dependem da velocidade do som: ritmos, batidas, cliques…Pateras parte de estas premissas e da recolha de sons no Fish Bioacoustics da Faculdade de Ciências de Lisboa para recriar e compor a sua “tese” eco-artística submergindo o público num oceano des ons subaquáticos e percussões de cambiantes ritmos.
Muitos animais marinhos se comunicam e navegam por meio do som. Mudanças na velocidade do som afeta sua capacidade de se alimentar, lutar, encontrar um parceiro, evitar predadores e migrar. Para sobreviver e prosperar os ecossistemas subaquáticos dependem da própria velocidade do som e estes ecossistemas estão constituídos por múltiplos elementos rítmicos: batidas, cliques e comunicações entre a vida marinha, bem como correntes em mudança e topologias geológicas.
A politemporalidade (a interação de diferentes velocidades simultâneas) é um elemento que aparece frequentemente no trabalho de Pateras.
A sensação de múltiplos pulsos ou linhas melódicas, tocadas em diferentes instrumentos em diferentes velocidades, cria uma escuta multidimensional e hipersensorial. Projetando vários ritmos ao redor do espaço, múltiplas formas e focos musicais convergem para formar um poderoso coletivo de experiências sonoras.
Pateras esteve em residência em Lisboa, Junho de 2023 a trabalhar com gravações do “Fish Bioacoustics” Laboratório da Faculdade de Ciências (https://www.fishbioacoustics.pt/). Este laboratório tem microfones permanentes instalados no estuário do Tejo para monitorizar o impacto do ruído antropogénico na vida do mar, bem como uma extensa coleção de gravações marinhas da Arrábida, Ilhas dos Açores e Moçambique. O objetivo principal do laboratório é estudar o impacto do ruído e da mudança climática nas espécies locais, especificamente na reprodução e comunicação do peixe-rã e da corvina.
As gravações em alto mar serão manipuladas e esculpidas usando o raro e distinto “Kyma”um sistema de design de som, uma estação de trabalho sofisticada para a transformação espectral. Essas gravações serão mapeadas e orquestradas em quarteto de percussão + piano preparado para ser tocado ao vivo em um concerto eletroacústico virtuoso focado na comunicação musical que se pode fazer debaixo d’água.
Programa
António Chagas Rosa (1960)
“Deep Water Music” (2002) 4 percusionistas
Guillermo Lauzurika (1968)
“Dirdira” (*) (2023). Estreno absoluto. Obra subvencionada por el Departamento de Cultura y Política Lingüística del Gobierno Vasco. nynga nynga mbira, electronica
Anthony Pateras (1979)
“Chronotope” (*) (2023). Estreno absoluto. piano, 4 percusionistas, electrónica
Intérpretes: 5 músicos.
Duração: minutos
Créditos
Autor: Anthony Pateras
Direção artística: Miquel Bernat e Anthony Pateras
Percussão: Vitor Castro, Jorge Pereira, João Miguel Braga Simões e Miquel Bernat.
Piano e electrónica: Anthony Pateras.
Discografia e Autor
Agenda
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11.11.23, 19:30
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9.11.23 | quinta, 19:30, estreia absoluta
Imprensa
Instrumentos
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