Le Scorpion-L’Age d’Or

Um dos primeiros filmes sonoros produzidos em França, em 1930, A Idade do Ouro de Buñuel foi um autêntico escândalo na sua época. Obra‑chave do cinema surrealista, com argumento de Salvador Dalí e a presença no ecrã de artistas famosos como Max Ernst e Josep Llorens Artigas, atacava sem piedade a moral social e da Igreja perante as tentativas de consumação de uma relação amorosa. Setenta anos depois, o compositor argentino Martin Matalon compôs uma nova banda sonora para este clássico, para seis percussionistas, piano e electrónica.

Biografía Sonora: Steve Reich

Considerado talvez o mais importante e infuente compositor do fnal do século XX e inicio do XXI pelo seu poder criativo e comunicativo, dando a modernidade uma via de criação sem precisar de abraçar as correntes da complexidade e integrando uma diferente forma de atração tonal. É um dos criadores e impulsionadores da chamada Música Minimal ou Música Repetitiva. 

A sua música caracteriza-se por um pulso constante, repetição motívica e uso frequente de cânones que se desenvolvem dentro de estruturas rigorosas, ritmos propulsores, harmonias de diversos géneros musicais (música medieval, jazz…) e uma orquestração repleta de cores sem necessidade duma orquestra sinfónica. 

Arte da percussão

Drumming & António Pinho Vargas, Luís Tinoco, Vasco Mendonça, Daniel Bernardes, Pedro Lima O que é que António Pinho Vargas (1951), Luís Tinoco (1969), Vasco Mendonça (1977), Daniel Bernardes (1986) e Pedro Lima (1994) têm em comum?  Além da nacionalidade, aparentemente nada! Além do mais são, todos eles, compositores nascidos em diferentes décadas. A não […]

Steel Drumming toca José Afonso

“Steel Drumming toca José Afonso” é o projecto de um homem de liberdade. Aparentemente, um reencontro com a história das canções de um País que se queria livre e se libertou. Surpreendentemente, o que se ouve e vê é bem mais do que um desa o: é uma objectiva intenção de ir à descoberta, de arrojo e de rigor, de ousar cruzar culturas como José Afonso cruzou gerações. Numa singular escolha dos mais emblemáticos e mais secretos temas do seu reportório, o Drumming GP reinterpreta a mundividência de um dos maiores autores e intérpretes da música portuguesa, correndo riscos e correndo o mundo. Sem fronteiras. Sem receio de encontrar a ‘portugalidade’ numa guitarra da fado com raízes em África, algures entre Coimbra e as Caraíbas.

Maximizar o Mínimo: Comprender Reich

Drumming & Steve Reich, Como criar uma audição direccionada? Como entrar numa escuta mais profunda e dinâmica e de passo chegar a perceber melhor os processos que  Steve Reich criou na sua música?. Pode a música estar construída a partir do processo e não na forma?. Como os meios electrónicos ajudaram a  criação de formas musicas como a “fase”?. Descortinar estes “modus operandi” que Reich utilizou na sua música e como isso assentou as bases para  uma nova maneira de estar da música, sem ter de fugir nem ter de “explodir” ou criar uma ruptura com a tradição. Abrasar a tradição a partir de  outra ótica, um caleidoscópio de escuta dirigida, em isto radica a genialidade do compositor norte-americano. 

Pensado para todos os públicos, sobretudo estudantes, crianças e idosos. Este é o objetivo deste programa mínimo, o minimal

Play Off

Drumming & Vasco Mendonça, Um desafio é um desafio é um desafio. A mensagem começa no título, “Play Off”. O compositor Vasco Mendonça (n.1977) indicia que a proposta feita aos Drumming GP, para interpretar composições suas, consolida-se enquanto desafio ao invés de sugestão, convite. A operação desenvolve-se ao longo do álbum, das quatro composições que Mendonça escreveu: “Play Off”, “American Settings”, Three Memos” e “Aphasia”. O desafio resolve-se a si mesmo no final – “Aphasia” – e realça o poder de uma história em três actos. A narrativa prevalece. Vasco Mendonça quer um ouvinte activo. As quatro partes de “Play Off”, a peça, sugerem um jogo jogado em jeito de coreografia contínua.

Time Poetries

Drumming & Carlos Guedes. Time poetries – (Poemas do tempo) é um ciclo de peças para quarteto de lâminas e pequenos instrumentos de percussão e electrónica sob suporte fixo, que exploram a passagem do tempo em música. Como disse Susanne Langer, “a música torna o tempo audível” (1953, p. 110). Estas peças exploram a música como uma suprema arte do tempo, tornando-o audível de várias formas e explorando e aplicando técnicas de ilusão temporal como os “ritmos de Risset” que criam ilusões de acelerando ou ritardando contínuas e infnitas, ritmos Euclidianos, ou técnicas de modulação métrica usadas comumente na música carnática do sul da índia.

ClockWork

Drumming & Daniel Bernardes, Na sequência do aclamado “Liturgy of the Birds” em homenagem a Olivier Messiaen, “Clockwork” marca uma nova colaboração entre Daniel Bernardes e o Drumming-GP em homenagem a György Ligeti. Figura incontornável da música do século XX emprestou obras suas às bandas sonoras de filmes como “2001: A Space Odyssey”, “The Shining” e “Eyes Wide Shut” de Stanley Kubrick. Dono de um estilo muito eclético, Ligeti explorou texturas de grandes massas sonoras – cunhando, a esse propósito, o termo micropolifonia, e numa fase posterior debruça-se sobre a rítmica africana como atestam os seus célebres estudos para piano com influências dos universos do Jazz e do Rock. A natural paixão de Daniel Bernardes pela música do mestre Húngaro tornaram claro que este seria o passo natural para uma segunda aventura em colaboração com o Drumming GP.