Biografía Sonora: César Camarero

Dando continuidade à série de programas monográficos e discos que o Grupo de Percussão de Percussão do Porto (Portugal) tem vindo a apresentar e lançar nos últimos anos, centramo-nos agora num dos compositores mais prolíficos e únicos da actual cena artística; César Camarero. A relação do Drumming-GP/Miquel Bernat com César remonta a 1996 e mantém-se desde então, dando origem ao aparecimento de diferentes obras neste período, construindo assim um legado fascinante, singular e contrastante de mais de uma hora de música dedicada à percussão Esta variedade é produto não só da distância temporal entre as diferentes obras mas também da diversidade dos grupos instrumentais utilizados, o que permite, tanto em situação de disco como em concerto, dar uma visão completa (audição compreendida) da criatividade deste autor com uma extensa e sempre surpreendente paleta de timbres.

Biografía Sonora: Igor C. Silva, You Are a Dead Pixel 

Um dead pixel é um ponto inativo e isolado num ecrã,  circundado por outros tantos pixels em pleno  funcionamento. Esta conceito descreve o fenómeno no qual um pixel de um ecrã deixa de funcionar e está  impossibilitado de mudar de cor. É visualizado muitas vezes  como um ponto preto, no meio de um ecrã totalmente  branco.  

Biografía Sonora: Steve Reich

Considerado talvez o mais importante e infuente compositor do fnal do século XX e inicio do XXI pelo seu poder criativo e comunicativo, dando a modernidade uma via de criação sem precisar de abraçar as correntes da complexidade e integrando uma diferente forma de atração tonal. É um dos criadores e impulsionadores da chamada Música Minimal ou Música Repetitiva. 

A sua música caracteriza-se por um pulso constante, repetição motívica e uso frequente de cânones que se desenvolvem dentro de estruturas rigorosas, ritmos propulsores, harmonias de diversos géneros musicais (música medieval, jazz…) e uma orquestração repleta de cores sem necessidade duma orquestra sinfónica. 

Pop Metamorfoses

Uma das grandes preocupações do meio artístico musical atual, e consequentemente do Drumming GP, é o pouco conhecimento, difusão e recetividade da música contemporânea erudita junto da comunidade. Esta lacuna criou um distanciamento do público, que se tornou pouco permeável a esta forma artística. Contudo, acreditamos genuinamente que a música contemporânea é um género artístico fundamental para o desenvolvimento da sociedade e, particularmente, da arte sonora, preservando e cultivando valores essenciais para o desenvolvimento da humanidade e promovendo a reflexão e o debate sobre questões sociais, políticas e culturais, pois não está sujeita às leis da indústria atuais.

Camaleoncello

Drumming & Igor C Silva O Violoncelo, o instrumento de corda de arco com mais possibilidades de registro e técnicas será a cor deste programa ponte entre duas vertentes: o violoncelo como solista (como se de uma orquestra se tratasse) e o violoncelo como uma cor, uma densidade que contagiará o ensemble de percussão. O […]

Arte da percussão

Drumming & António Pinho Vargas, Luís Tinoco, Vasco Mendonça, Daniel Bernardes, Pedro Lima O que é que António Pinho Vargas (1951), Luís Tinoco (1969), Vasco Mendonça (1977), Daniel Bernardes (1986) e Pedro Lima (1994) têm em comum?  Além da nacionalidade, aparentemente nada! Além do mais são, todos eles, compositores nascidos em diferentes décadas. A não […]

Steel Drumming toca José Afonso

“Steel Drumming toca José Afonso” é o projecto de um homem de liberdade. Aparentemente, um reencontro com a história das canções de um País que se queria livre e se libertou. Surpreendentemente, o que se ouve e vê é bem mais do que um desa o: é uma objectiva intenção de ir à descoberta, de arrojo e de rigor, de ousar cruzar culturas como José Afonso cruzou gerações. Numa singular escolha dos mais emblemáticos e mais secretos temas do seu reportório, o Drumming GP reinterpreta a mundividência de um dos maiores autores e intérpretes da música portuguesa, correndo riscos e correndo o mundo. Sem fronteiras. Sem receio de encontrar a ‘portugalidade’ numa guitarra da fado com raízes em África, algures entre Coimbra e as Caraíbas.

Rock Metamorfoses

Drumming & João Pedro Oliveira, Fernando C. Lapa, Carlos Azevedo, Mário Laginha, António Chagas Rosa, António Pinho Vargas Partindo de vários temas rock, o Drumming GP lançou o repto a seis compositores portugueses de trabalha- rem sobre outros tantos temas rock que, para além de deverem ser conhecidos pela sua referencialidade na história do rock, […]

Timber

Drumming & Companhia Instável. TIMBER surgiu do desafio lançado pela Companhia Instável e Drumming GP ao premiado coreógrafo Roberto Olivan, que criou uma peça para seis bailarinos e seis percussionistas. É um espetáculo de interação entre percussão e dança, com música ao vivo do compositor nova-iorquino Michael Gordon. A peça estreou em finais de 2019 por ocasião do vigésimo aniversário da Instável, e foi apresentada online, a partir de Nova Iorque, na edição de 2022 do festival Bang on a Can – um evento de 12 horas de grandes repercussões.

TIMBER é uma viagem às profundezas da nossa existência, uma visita a cada recanto que deixamos de visitar devido ao medo, ignorância ou abandono de nós mesmo. Uma desconexão pessoal daquilo que nos une à nossa única e autêntica natureza.

TIMBER é um ritual que anseia por uma resposta urgente à autodestruição que temos construído ao longo dos anos. As premissas e valores que considerámos indicadores válidos de progresso não valem nada. O ritmo que retumba na madeira repetitivamente, criando um transe hipnótico que simboliza o desejo de quebrar as barreiras que limitam o ser humano, mergulhando na liberdade que cada um vê à sua maneira, agitando a sua própria bandeira.

TIMBER é uma tentativa final de reaver a nossa conexão com o mundo vivo, que tem as suas próprias dinâmicas ditadas pela luz e escuridão, dia e noite, pelo tempo, que tem o seu próprio ritmo, que vai para além do nosso controlo. 

Aceitar ou morrer. Entrar ou sair. Integrar ou dividir.